quarta-feira, 12 de maio de 2010

Andava um ingénuo por aquelas paragens,
Quietinho no meio dos selvagens,
Encontrou um amigo,
Muito parecido consigo,
Uma amiga encontrou também, num dia,
De quem muito gostava e convivia,
Que se transformou em apaixonada,
E mais tarde em namorada,
Mas os selvagens com inveja pensaram
E assim o acusaram
Por ter sido com alguém apanhado
E depois a ter beijado,
Contaram então à sua amada,
Tudo isto de uma assentada,
A pobre ao ouvir tantas vozes ficou desconfiada,
Dirigiu-se ao seu namorado que nem sabia do tratado,
Mas esta não acreditou no seu palavreado,
E sozinho o deixou lá sentado,
Eu passei e meti conversa com o coitado
Que me contou tudo muito desanimado,
Então corri para o pôr animado,
Mas, vendo que tinha fracassado,
Disse-lhe então
Quando precisar de um amigo poeta fale comigo,
Porque quando eu precisar de um profeta falarei consigo
Deixando-o abraçado
À sua desilusão.

2 comentários:

  1. Poema Maravilhoso!
    Pena que conte uma história que por vezes seja transportada para a realidade por pessoas, tal como referido, invejosas e sem o minimo de dignidade.

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  2. Sr. Xico, para quando novos poemas??
    Estou anciosa por continuar a lê.los são viciantos...:)

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